MODA

Cuidados com a roupa

Se pensarmos que nossas roupas estão com a gente 24h por dia, a maior parte do tempo.. assim como a necessidade que temos de comer, também precisamos nos vestir, então a gente consegue chegar numa conclusão de que nossas roupas são importantíssimas e que merecem ser cuidadas para durarem muito mais não é mesmo?  Faz parte do tema consumo consciente cuidar bem daquilo que temos para que durem mais, e assim consequentemente iremos demorar mais para consumir e podemos até reaproveitar a peça (doando, vendendo etc) quando elas não nos servirem mais e/ou não quisermos mais.

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CUIDADO ANTES MESMO DE COMPRAR – a etiqueta

Assim como os rótulos de alimentos que dizem quantas calorias, carboidratos, proteínas tem naquele alimento, a etiqueta interna das roupas (a branquinha que fica na costura lateral) diz TUDO sobre aquela peça. Ela diz pra lavar a seco ou lavar somente à mão e eu não tenho nem disposição, nem tempo nem dinheiro extra pra isso? A peça não é pra mim. A etiqueta diz pra cuidar em lavanderia profissional, mas eu sinto segurança pra cuidar em casa, tenho tempo e disposição pra fazer acontecer? Aí sim, a peça pode ser pra mim. Ou ainda: diz na etiqueta que a peça é delicada, mas eu topo treinar a minha ajudante em casa pra que ela lave com cuidado especial, e então ela cuida pra mim? Ótimo, a peça é pra mim!

LAVAR MENOS = VIDA ÚTIL MAIS LONGA
Roupa usada uma ou duas vezes, se não esta suja de verdade ou impregnada de cheirinho de suor… não precisa ser lavada ainda. Antes de guardar, vale “refrescar” a roupa pra que a semi-limpeza segure mais uns usos antes de se lavar a peça: no fim do dia você tira a roupa, pendura do lado avesso num cabide, deixa ventilar durante a noite, guarda só no dia seguinte.
Informação extra: ter um conjunto de peças que componham um ‘guarda-roupa de ficar em casa’ ajuda demais a preservar roupas mais especiais (tipo chega em casa, troca pra um look dessa ‘gaveta do conforto’) aí sim vai preparar o jantar, vai cuidar da vida, brincar com os filhos, limpar casa e etc.

TIRAR MANCHAS ANTES DE LAVAR
Melhor hora pra se tirar manchas: assim que o pingo cai na roupa, ou no primeiro momento em que der pra administrar. Quanto mais tempo a mancha fica na roupa, mas ela se fixa! Vale correr no banheiro, tirar a peça e, na pia mesmo, molhar com água fria pra mancha nem secar. E tem que ser em água fria: temperatura alta faz a mancha grudar ainda mais (não pode nem lavar com água quente, nem passar a ferro a roupa manchada, viu). Se tiver difícil de sair só com água, vale diluir um pouquinho de detergente líquido em água fria e passar devagar na mancha com uma escova de dentes bem molinha (tem que ser carinho mesmo, pra não ficar com peça sem mancha mas desbotada/desgastada no lugar da escovada!)

LAVAR PEÇAS DELICADAS À MÃO
Se é de seda, se é finíssima, se a gente acha delicada e AMA a peça, a lavagem é manual! E não é difícil, viu, você pode fazer assim: – enche um balde com água fria e dilui um pouquinho de sabão de coco (ou líquido); – mergulha as peças delicadas e deixa em molho por uns 15-20 minutos, só isso — sem esfregar a peça inteira ou friccionar tudo no tanque; – enxágua as peças umas 2 vezes e não torce, mas amassa delicadamente uma a uma dentro de uma toalha (vale ter uma de rosto, clarinha, só pra isso na área de serviço).

LAVAR NA MÁQUINA COM MENOS PRODUTOS
Diz que a gente só precisa de metade das quantidades recomendadas de produtos pra usar na máquina de lavar, sabia? E que os sabões em pó podem deixar a roupa durinha (com resíduos deles mesmos) e que os amaciantes típicos do mercado são potenciais estragadores de máquinas. Então vale testar quantidades menores de tudo, ou substituições mais saudáveis (e bem mais baratinhas). Pesquisando bastante achei essa formula aqui: no lugar do sabão em pó a gente usa a mesma quantidade de sabão de coco; no lugar do amaciante, uma tampinha de vinagre branco + uma tampinha de álcool; 2-3 gotinhas de óleo essencial pra dar cheirinho em tudo; 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio só pras roupas claras.

MENOS PREGADOR DE ROUPA, MAIS CABIDE NO VARAL
Vale tirar da máquina e pendurar em cabides, bem esticadinhas, as peças feitas em tecido plano (pra precisar passar menos, ou nem usar o ferro). Peças feitas em malha e tricô é bem melhor deitar as peças sobre as cordinhas do varal pra que elas sequem na horizontal, viu. E ó: no geral, pregadores de roupa podem marcar as peças fazendo ceder as fibras do tecido com o aperto/atrito.

NÃO PASSAR O FERRO DIRETO NA ROUPA
É bom ter, na área de serviço, um pano de prato ou fralda ou tecido/algodão bem liso pra proteger as roupas da quentura do ferro de passar — mesmo se o ferro tem proteção “anti-brilho”. Assim, com o pano esticadinho sobre a roupa, o ferro não marca e a gente tem mais garantia de não queimar peça nenhuma.

Não se esqueça, a vida útil da roupa pode ser mais longa ou mais curta dependendo de quanto cuidado e carinho a gente dedica de manutenção à elas. Vale a pena sim cuidar dessas coisas, é uma forma bonita de respeito ao meio que vivemos.

Beijos Cuidadosos

Olivia

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Dicionário de Moda, MODA

Dicionário de Moda- Cross Over & Culture

Hoje o dicionário está em formato dois em um. O termo de hoje não é muito popular nem conhecido, ele aparece mais no meio do pessoal que é estudante e/ou profissionais de moda, mas são termos que eu adoro. Vivo buscando referência no Pinterest. É o CROSS OVER e o CROSS CULTURE. Em tradução livre eles ficariam bizarros, mas acho que isso faz parte da essência do termo de ser exótico até no nome. Ele serve bastante para mulheres ousadas e que gostam de ultrapassa barreiras. Eu gosto muito da definição que o João Braga a.k.a mestre-historiador-referência de moda no Brasil, dá para esse termos, olhem só.

Eu vejo uma nova forma de criatividade que consiste não na invenção de novas proporções, e sim nas novas possibilidades de combinar o que existe – eis o ponto forte dessa nossa época.” E completa dizendo que tem duas maneiras de se colocar em prática essa ‘nova criatividade’: cross over e cross culture. – João Braga, historiador e professor de moda.

CROSS OVER: quando a gente mistura elementos de tempos diferentes, mas marcantes – tipo coisas “anos 80″ com outras coisas “anos 60″. Por exemplo: na foto 1 a mistura do colorido e extravagante do anos 80 com o vestido boneca tipo Dior do anos 40-50. Ou como na foto 3 que temos bolinha e lenço tipico dos anos 30 misturado com o comprimento mini dos ano 90. Ou ainda na foto 4 que mistura o minimalismo dos ano 2000 com as camisas numeradas nos anos 90.

CROSS CULTURE: quando a gente mistura elementos de culturas diferentes, tipo peças “peruanas” com peças “africanas” – de etnias facilmente identificáveis e diferentes

E com essa receita colada na porta do guarda-roupa a gente tem direção pra to-dos-os-di-as-da-vi-da. A graça da nossa moda não é inventar nada super novo, mas sim TER IDÉIAS NOVAS. A maior tendência dessa geração é misturar tudo com personalidade, com cara própria – exercitar combinações pra alcançar, quem sabe!, uma aparência única, autêntica e exclusiva. Mesclando AS NOSSAS PRÓPRIAS INTERPRETAÇÕES do que é étnico, do que é marcante em cada tempo da moda, do que é barato e caro e original e modinha. E é nesse exercício que a gente aprende e que ganha segurança.
Já pra frente do espelho então! 😉

(Fonte)

Beijos Perfumados

Olivia

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MODA, Semente, Utilidade Pública

Denim Day

Há 18 anos nos no mês de abril foi criado o Denim Day. Por quê?, você me pergunta. Porque um dia uma menina foi estuprada na Itália e a Suprema Corte achou maneiro anular a condenação porque a menina estava usando uma calça jeans, que é tão difícil de tirar que obviamente o sexo tinha sido consensual, fato que ela teve que dar uma ajudadinha. Essa sentença BIZARRA causou tanta indignação entre as mulheres, que enfurecidas pelo veredito, fizeram um protesto no parlamento chamado “greve do jeans”. Elas iriam vestidas de jeans pro parlamento até que a decisão judicial fosse alterada. E a decisão foi, graças à Deus. À medida que a notícia da decisão se espalhou, o mesmo aconteceu com o protesto. Em abril de 1999, uma agência de serviços sociais em Los Angeles estabeleceu o primeiro Dia do Denim nos Estados Unidos. Assim começou o Denim Day, cada ano ele acontece em uma data diferente, mas sempre entre os dias 20 a 30 de abril, em 2015 foi dia 29 de abril, em 2016 dia 26 de abril, esse ano o Denim Day É HOJE! Que tal vestir aquele seu jeans mais TOP pelo resto da semana em forma de protesto pacifico? Ou postar aquela foto mais deusa que você tem usando jeans nas suas redes sociais usando a hastag #DenimDay.
Eu já separei as fotos e o meu jeans. Vem!
Para quem quiser sabe detalhes da história acesse o site do Denim Day clicando aqui, tem até artigo do New York Times. Vale a pena a leitura e conscientização.

Kirsten DeFur, da oficina do alcalde de Nova Iorque, em um dos eventos de Denim Day nos EUA.

Na década de 90, as Parlamentistas Italianas protestaram contra um caso de estupro em jeans.

Fontes: DVSAC; DENIM DAY.ORG

Beijos Ativistas

Olivia

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Arte, Inspirações, MODA

Viva Zuzu! Ela jamais morrerá

Ela é ícone, é fantástica, revolucionou a moda brasileira, é exemplo de garra, determinação e luta! Eu admiro demais essa mulher, e deixo aqui minha singela homenagem no dia em que ela completaria 94 anos, ou melhor, no dia em que ela COMPLETA 94 anos, com verbo no presente mesmo, porque ela jamais morrerá. Ela é e sempre será nossa Zuzu. Vivaaaa

expo Zuzu Angel Abril 2014-63

Para quem não sabe nada sobre quem é Zuzu, clique aqui AGORA! Você precisa saber.

Beijos Perfumados

Olivia

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Refletindo

Moda Livre

Por trabalhar em ong e com terceiro setor, acabo que vivo envolvida nesse meio, principalmente recebendo muito material de outros projetos de tals.Tem uma galerinha que eu acompanho faz um tempinho, e que descobri a pouco tempo que eles lançaram um aplicativo bacana sobre moda e ativismo. Estou falando da galera do Repórter Brasil, idealizado/criado pelo polêmico repórter Leonardo Sakamoto, que faz um trabalho incrível de combate ao trabalho escravo, foi deles o projeto de pesquisa que virou documentário onde traçaram um mapa completo do trabalho na linha de produção da carne que consumimos, da origem até o consumidor final (Chama se: “Carne Osso-O Trabalho em frigoríficos”, quem se interessar “dá” um google que tem versão grátis e completa do doc.). Para se ter ideia, por causa desse documentário algumas das maiores redes de distribuição de alimentos como Wallmart, Carrefour deixaram de vender produtos que foram denunciados como praticantes e/ou que apresentavam, direta ou indiretamente, trabalho escravo envolvida na sua cadeia produtiva.

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Agora eles lançaram um projeto em forma de aplicativo que se chama “MODA LIVRE”, basicamente é um mapeamento das grandes e pequenas marcas do setor textil e da moda que estão envolvidas ou não com trabalho escravo. Quando você baixa o aplicativo é possível acompanhar como essas marcas estão se comportando em relação ao combate da pratica de trabalho escravo em sua linha de produção e de seus fornecedores.

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A avaliação é feita mediante um questionário respondido pelas próprias marcas (aquelas que se recusam a responder são avaliadas diretamente com a pior avaliação) e também por denúncias comprovadas(como no caso da ZARA). A classificação se dá através de 4 critérios que estão nos questionários respondido pelas marcas e que são denominados por “indicador de conduta”, são elas: 1.Políticas (compromissos assumidos pelas empresas de cada empresa em relação ao combate do trabalho escravo em sua cadeira); 2.Monitoramento (medidas adotadas para fiscalizar os fornecedores); 3.Transparência (ações tomadas para comunicar aos clientes o que tem sido feito para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo); 4.Histórico (resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o ministério do trabalho e emprego(MTE), desde de julho de 2009-data do lançamento do “Pacto Contra a Precarização e pelo Emprego e Trabalho Descente em São Paulo-cadeia produtiva das confecções). Fonte:Metodologia descrita no próprio Aplicativo

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Dai você se pergunta: EAI? O QUE ISSO TEM HAVER COMIGO? Bom, na minha opinião, se você já desenvolveu uma consciência coletiva e responsável, tem tudo a ver sim! Euzinha não curto muito saber que estou vestindo algo que foi produzido a partir de trabalho escravo, não me sinto bem mesmo. E por acreditar que cuidar do meio ambiente é cuidar de tudo e de todos, NÃO consumir produtos de marcas que não estão preocupadas com isso e/ou que praticam trabalho escravo é uma forma de protesto e negação. Conclusão: ADOREI! o aplicativo. Fiquei meio triste também em saber que marcar que gosto de consumir estão com avaliações horríveis. Pórem irei pensar 3,4,5 vezes antes de consumir novamente essas marcas, porque eu adoro andar bem vestida, mas não quero o peso de uma roupa que foi costurada por alguém que foi exploado para isso. Vale a pena baixar o app e conferir.

Beijos Responsáveis

Olivia

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