Hoje o dicionário está em formato dois em um. O termo de hoje não é muito popular nem conhecido, ele aparece mais no meio do pessoal que é estudante e/ou profissionais de moda, mas são termos que eu adoro. Vivo buscando referência no Pinterest. É o CROSS OVER e o CROSS CULTURE. Em tradução livre eles ficariam bizarros, mas acho que isso faz parte da essência do termo de ser exótico até no nome. Ele serve bastante para mulheres ousadas e que gostam de ultrapassa barreiras. Eu gosto muito da definição que o João Braga a.k.a mestre-historiador-referência de moda no Brasil, dá para esse termos, olhem só.
“Eu vejo uma nova forma de criatividade que consiste não na invenção de novas proporções, e sim nas novas possibilidades de combinar o que existe – eis o ponto forte dessa nossa época.” E completa dizendo que tem duas maneiras de se colocar em prática essa ‘nova criatividade’: cross over e cross culture.“ – João Braga, historiador e professor de moda.
CROSS OVER: quando a gente mistura elementos de tempos diferentes, mas marcantes – tipo coisas “anos 80″ com outras coisas “anos 60″. Por exemplo: na foto 1 a mistura do colorido e extravagante do anos 80 com o vestido boneca tipo Dior do anos 40-50. Ou como na foto 3 que temos bolinha e lenço tipico dos anos 30 misturado com o comprimento mini dos ano 90. Ou ainda na foto 4 que mistura o minimalismo dos ano 2000 com as camisas numeradas nos anos 90.
CROSS CULTURE: quando a gente mistura elementos de culturas diferentes, tipo peças “peruanas” com peças “africanas” – de etnias facilmente identificáveis e diferentes
E com essa receita colada na porta do guarda-roupa a gente tem direção pra to-dos-os-di-as-da-vi-da. A graça da nossa moda não é inventar nada super novo, mas sim TER IDÉIAS NOVAS. A maior tendência dessa geração é misturar tudo com personalidade, com cara própria – exercitar combinações pra alcançar, quem sabe!, uma aparência única, autêntica e exclusiva. Mesclando AS NOSSAS PRÓPRIAS INTERPRETAÇÕES do que é étnico, do que é marcante em cada tempo da moda, do que é barato e caro e original e modinha. E é nesse exercício que a gente aprende e que ganha segurança.
Já pra frente do espelho então! 😉
(Fonte)
Beijos Perfumados
Olivia
Estava pensando sobre isso hoje. A moda está está ganhando mais personalidade e deixando de ser ditatorial. O consciente coletivo está se dando por conta que não há que seguir um padrão preestabelecido. A pessoas estão buscando satisfação em ser quem são, por isso a mistura de ícones de épocas e culturas diferentes, na busca também de se encontrarem.
Exatamente isso Luciana. ótima colocação. Viva o consciente coletivo e a singularidade de cada um. Beijos Conscientes :*