Toda mudança gera desconforto. Mas precisamos estar atentos com a direção da mudança. Toda vida causa euforia e contentamento. Assim como toda morte causa dor (por isso que crescer dói, parir dói, mudar dói, pois é a morte da nossa infância e nascimento de outras fases, é a morte da nossa condição de ser apenas mulher para nos tornar além de mulher mãe, é a mudança de um lugar “confortável” para um lugar de mistério!).
Quando a mudança vem de dentro (e por dentro leia-se, que vem da alma) transforma nossa vida, nossa mente e nossa realidade, mas quando ela vem de fora é sempre desagradável. Por isso nem sempre uma gestação é tão agradável, pois o fator que nos deixou grávidas veio de fora e se uniu ao nosso corpo. E se pensarmos nas coisas simples da vida que enxergamos isso: quando decidimos dentro de nós mudar algum comportamento que nos desagrada e colocamos determinação e foco nisso, quando alcançamos a nossa meta nos sentimos vencedores. Porém quando temos que mudar por força externas (ex: a morte inesperada de alguém, a perda de um emprego e etc…) essa transformação é dolorosa. Óbvio que nem sempre temos o controle de tudo, e que muitas coisas irão nos obrigar a mudar durante a vida, mas eu creio que o exercício de constante mudança interna nos traz a maturidade e a leveza para enfrentar as mudanças externas, principalmente aquelas que não podemos controlar, e transformar algo doloroso e cruel em um ponte para crescer. E eu iria mais profundo, o exercício de mudança interna nos transforma em agentes controladores das mudanças externas. Acredito que quem desperta, sabe que tudo o que vê é reflexo de seu interior. Toda a loucura que ressalta no outro tem fonte em si! Todo absurdo que pensa estar fora, está dentro.
Quem inicia o trabalho de introspecção e silêncio, mudança e renovação, vê que há tanto trabalho de descoberta e transformação em si que não há mais tempo para reclamar e apontar feridas alheias.
Como andam a suas mudanças? Você tem mudado mais internamente? Ou apenas forças externas tem obrigado você a mudar? Já parou para pensar se você está gerando mais vida ou morte para si mesmo? Pare e repense se suas mudanças são suas decisões ou suas consequências? Você tem o domínio de si ou o mundo está de moldando e matando suas verdades?
Para quem é cristão deixo ainda uma última pergunta: como anda o desenvolvimento dos frutos do Espírito em você? Lembrem-se que cultivar os frutos do Espírito (Gálatas 5:22-23) nos traz mudanças internas, e mudanças internas geram vida, nos tornam melhores e mais próximos a Cristo! Pensem nisso.
Beijos de Mudanças
Olivia