Confesso que depois de pensar muito (e continuar pensando sempre), cheguei a conclusão que essa coisa de só querer ser bonito, magro, rico e feliz vai além da esfera humana e atinge tudo ao nosso redor. E isso é de certa forma assustador porque a nossa beleza SEMPRE se encontra nas nossas imperfeições, naquela cicatriz que conta uma historia, naquele “defeitinho” que nos torna únicos naquela marquinha que é exclusivo, só nosso.
Estava pesquisando sobre a escravidão de padrões estéticos e me deparei com algo me que alertou para o assunto de forma amplificada. Explico. Que temos uma sociedade onde padrões de beleza são fomentados e tudo que não se encaixa nele está fadado a viver as margens de tudo, estamos carecas em saber. Porém quando esse padrão é transferido para praticamente todas as coisas do universo, a coisa fica assustadora. Depois de ler e me questionar, busquei na minha mente é “vi” que minha conclusão é uma coisa meio óbvia, meio não, TOTALMENTE óbvia. Mas esse óbvio não me representa, eu não gosto dele, eu não aceito ele. Por isso minha revolta em forma de post aqui. Leiam. Pensem. Vamos valorizar o que é real. Vamos exaltar a beleza de nossas imperfeições e aprender que beleza está em ser ÚNICO. Foi assim que Deus sonhou para nós.
CONTRA A ESCRAVIDÃO DOS PADRÕES
Engana-se quem pensa que só as pessoas sofrem com a ditadura dos padrões de beleza. Legumes e frutas também são vítimas constantes do preconceito. O que pode prejudicar também quem consome. Afinal, legumes e frutas orgânicos, cultivados sem o uso de agrotóxicos, nem sempre resultam em belos exemplares. Mas são justamente os mais saudáveis. A maçã da Branca de Neve seria a metáfora perfeita.
Pois a rede francesa de supermercados Intermarché investiu numa campanha para estimular o consumo dos alimentos de aparência estranha, tão nutritivos quanto os outros. São legumes e frutas que, por não se encaixarem no padrão, resultam num desperdício de 300 toneladas por ano, quantidade que poderia tirar muitas pessoas da miséria. Um dos anúncios traz uma maçã deformada e o título: “A grotesque apple a day keeps the doctor away as well”. Em tradução livre, “uma maçã grotesca por dia também mantém o médico longe”.
Além dos anúncios com títulos criativos, a rede criou sucos e sopas usando esses alimentos “feios”, a fim de provar que podem ser utilizados normalmente na culinária. E falou sobre a importância de se utilizar esses exemplares num mundo onde há escassez de alimentos. Além disso, o Intermarché ofereceu um desconto de 30% em todos os vegetais e frutas “fora do padrão de beleza”. E vendeu mais de 1 tonelada de frutas e vegetais “feios” em dois dias, além de educar o consumidor para evitar o desperdício de alimentos.
Supermercados brasileiros, que tal usar essa iniciativa como inspiração?
(Fonte)
Beijos Imperfeitos
Olivia