Mudando um pouco minha visão sobre certas lições cotidianas, quero compartilhar aqui, porque mudar é bom, mudança com metanóia então é libertador. Nesses útlimos tempos tenho refletido (e lido muito, buscado muitas referencias) em relação a empatia, esse sentimento desafiador. Já falei sobre o assunto no começo do mês, e para encerrar o mês quero deixar mais um aprendizado. Na busca por conhecimento me deparei com esse texto realista e vital do Alex Castro, onde ele mostra um estágio mais elevado da empatia. Eu concordo com ele (por isso estou postando a ideia dela aqui), porém continuo acreditando que “tratar as pessoas como gostariamos de ser tratados” é um lugar de pertencimento que todos precisamos habitar, PORQUE quando fazemos isso, no fundo estamos fazendo um exercicio de auto conheimento vital. Muitas pessoas nem ao menos sabem dizer como é que elas mesmas gostariam de ser tratadas, então usar a empatia já cria um caminho para o Eu (que pode até ser egoísta) mas que abre os horizontes para você mesmo e posteriormente poderá abrir o horizonte para o outro de uma forma mais intensa e profunda de sentir o outro, como o Alex propõe. Creio que vale a leitura, mas principalmente a reflexão.
“Trate as pessoas como gostaria de ser tratada“
Poucos conselhos podem ser mais egocêntricos e narcisistas do que esse.
Não é verdade que devemos tratar as pessoas com gostaríamos de ser tratadas.
Porque a outra pessoa é uma outra pessoa. Porque ela teve outra vida, outras experiências. Porque ela tem outros traumas, outras necessidades.
Basicamente, porque ela não sou eu. Porque eu não sou, nem nunca vou ser, nem devo ser, a medida das coisas.
Utilizar a mim mesmo, minhas vontades e necessidades, o jeito que quero ser tratado, como se eu fosse o parâmetro para todas as outras pessoas é a essência do narcisismo e do egocentrismo. É o exato oposto de empatia.
A outra pessoa deve ser tratada não como eu gostaria de ser tratado, mas como ela merece e precisa ser tratada.
E como vamos saber como essa tal outra pessoa merece e precisa ser tratada?
O primeiro passo é sair de mim mesmo e deixar de me usar como parâmetro normativo do comportamento humano. Essa é a parte fácil.
Depois, preciso abrir os olhos e os ouvidos e o corpo inteiro, e reconhecer que existem outras pessoas no mundo, e que elas são todas bem diferentes de mim.
E que o único jeito de perceber o quão diferentes elas são é enxergando-as, escutando-as, conhecendo-as.
Com atenção plena e empatia verdadeira.
* * *
Reconhecer nossa ignorância e abrir nossos ouvidos
Para praticar a empatia, é preciso antes reconhecer que não sabemos nada.
Que a vida de cada pessoa inclui um horizonte de acontecimentos que se estende perpetuamente além de nossa visão: a gonorreia de uma anciã está conectada a sua culpa que está conectada ao seu casamento que está conectada aos seus filhos que estão conectados aos seus próprios dias de menina…
Empatia vem do grego “em” + “pathos” (sentimento), ou seja, é um penetrar, uma jornada.
Entrar em outra pessoa é como visitar em um país estrangeiro: temos que passar pela imigração e pela alfândega, caminhando com cuidado, de pergunta em pergunta, de sentimento em sentimento.
Empatia é tentar entrar em outra pessoa, nesse país estrangeiro, mas sempre reconhecendo que jamais, jamais conheceremos realmente essa pessoa, que nunca seremos cidadãs desse país.
(As observações dessa subseção vêm de Leslie Jamison, em The Empathy Exams, 2014.)
Trecho tirado do post do Alex Castro do blog Papo de Homem, para ler o texto na integra, clique aqui.
Beijos Profundos
Olivia
Obrigada por compartilhar seus pensamentos e permitir que pessoas como eu possa beber da fonte de seu conhecimento e refletir sobre ele. Nunca deixe de escrever. Seu blog realmente é fantástico! É diferente de todos os outros! Tem alma! Não é só aparência! É essência também! Enquanto a maioria dos blogs fala de moda, de roupas, sapatos e maquiagens, você fala de amor, respeito, gratidão e alegria. De valores que realmente importam na vida. Mais uma vez obrigada por existir!
Oi Luciana. Que carinho bom suas palavras. Palavras que plantam sorrisos, mas saiba que não sou tão fantastica assim rsrsrs…Tudo são trocas. Sou grata pois tenho milhares de pessoas que cuidam de mim, pessoas que gastam seu tempo para investir em minha pessoa, em me escutar, me ensinar, em não desistir de mim. E são essas pessoas que reflito nas minhas palavras. Sou a soma de quem eu sou com as riquezas que ganho de pessoas incríveis que habitam minha vida. A vida até pode ser moda, roupa, sapato e etc….mas se a vida não for profunda nada dessas coisas farão sentido. Que bom que minhas palavras estão iluminando a sua vida através de mim. Beijos carinhosos e com muito amor.