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Reflexões sobre o amor

Essa rotina de foto,lookdodia,foto,lokkdodia, foto….. está muito chata, mas como estou a beira de meu casamento, não tem sobrado tempo nem um milésimo para mim mesma, então vou postar um de meus devaneios sobre esse período que já postei lá no site do meu casamento, se quiser ler lá clique aqui. Estava na verdade tentando escrever meus votos ❤ , mas acabei nessa auto-reflexão. Beijos Amorosos e Ansiosos :*

O ato de casar também é um ato sagrado, é por isso que acredito surgir nesse período uma auto reflexão, até mesmo um medo sobre o mesmo atinge todo mundo que decide se meter nesse novo universo chamado casamento. Se você esta se casando sem pensar, sem sentir uma necessidade de se auto avaliar, sem nem ao menos se perguntar “o porquê?” de estar se casando, você pode estar se metendo em uma enrascada.

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Nunca achei que o casamento fosse uma instituição para mim, simplesmente nunca achei que seria…não porque eu seja feminista ou liberal ou ainda me ache a super moderna, pelo contrário, sempre acreditei que o casamento é algo sério demais para se “brincar” de casar. Sempre tive muito respeito em relação ao matrimônio até mesmo porque ele foi criado por Deus. Nunca achei que conseguiria me comprometer dessa maneira. Eu pensava: “- Nossa!! Nem pessoas sérias de dentro das igrejas, das religiões onde o matrimônio é sagrado conseguem permanecer casadas, que dirá EU! Uma pobre e falha mortal cheia de multiplicidades, de facetas, um alguém que adora mudar e muda muito. Como iria conseguir viver uma vida toda com um mesma pessoa?”

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Mas a gente muda, e muda muito…e aprende…e reaprende…e começa a enxergar novos significados…e uma hora acha alguém que nos convence a aceitar o desafio chamado “”Casamento”. Mas sobre essa minha experiência eu vou deixar para um próximo desabafo.

Hoje quero falar sobre o amor e a morte! E de como saber que quando eles andam juntos a vida pode ser ETERNA, do jeitinho que todo mundo deseja quando afirma seus votos na frente de um juiz, de um pastor, padre e etc. Na verdade quero compartilhar e comentar fragmentos de uma sabedoria vinda de um livro extraordinário que me obriguei a re-ler antes de me casar.

Sabe gente, eu aprendi queo amor não é um encontro romântico entre dois amantes. O amor é como a união entre dois seres cuja a forca reunida permite a um deles, ou a ambos, a entrada em comunicação com o mundo da alma e a participação no destino como uma dança com a vida e a morte. (…) O amor não significa um flerte ou uma procura de mero prazer para o ego, mas um vinculo visível composto da força psíquica da resistência, uma união que prevalece na fartura ou na austeridade, que passa pelos dias e noites mais simples e mais complicados.”

(aliás o ego é inimigo do amor, se você está com alguém para satisfazer seu ego, você vai se machucar e muiiito),

Os poetas compreendem que não ha nada de valor sem a morte. Sem a morte, não ha lições; sem a morte não há o fundo escuro contra o qual o diamante cintila. É fato que dentro de um único relacionamento amoroso existem muitos finais. Mesmo assim, de algum modo e em algum ponto nas delicadas camadas do ser criado quando duas pessoas se amam, existe um coração e um alento. Enquanto um lado do coração se esvazia, o outro se enche. Quando uma respiração termina, outra se inicia.” É aqui que a morte se manisfesta, não é uma morte maligna, que destrói e da fim a tudo, que acaba com tudo. A morte ela é um processo orgânico e nato na natureza humana do homem. Tudo e todos, durante todos os dias estão morrendo e nascendo….começando por nos mesmos, em cada célula do nosso corpo a morte é um fato diário, é um alimento da vida. Sim, a morte alimenta a vida. E no amor não poderia ser diferente.

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Mas como lidar com essa morte? O modo como encararmos ela é que determinará a eternidade de nossos relacionamentos.Se quisermos ser alimentados por toda a vida, precisaremos encarar e desenvolver um relacionamento com a natureza da vida-morte-vida. Quando temos esse tipo de relacionamento, não saímos mais por ai a caça de fantasias, mas nos tornamos conhecedores das mortes necessárias e nascimentos surpreendentes que criam o verdadeiro relacionamento. A paixão existe, mas “a paixão não é alguma coisa que se vai “obter” mas, sim, algo gerado em ciclos e distribuídos.”

O que morre? As ilusões, as expectativas, a voracidade de querer tudo, de querer que tudo seja só lindo, tudo isso morre. Como o amor sempre provoca uma descida até a natureza da morte, podemos perceber por que é preciso grande poder sobre si mesmo e plenitude da alma para assumir esse compromisso. Quando uma pessoa se dedica a amar, ela também está se dedicando a ressuscitar a mulher-esqueleto e todos os seus ensinamentos.

“Repetidas vezes observo um fenômeno em amantes, independentes do sexo. Seria mais ou menos assim: duas pessoas começam uma dança para ver se elas vão querer se amar. De repente, a mulher é fisgada por acaso. Algo no relacionamento começa a diminuir e cai em entropia. Com frequência, o doloroso prazer da excitação sexual se abranda, um passa a perceber o lado frágil e ferido do outro, ou ainda um deixa de ver o outro como “material digno de admiração”, e é aí que a velha careca e de dentes amarelos vem à tona.

Parece tao repulsivo, mas esse é o momento perfeito em que se apresenta uma verdadeira oportunidade de demonstrar coragem e de conhecer o amor. Amar significa ficar com. Significa emergir de um mundo de fantasia para um mundo em que o amor duradouro é possível, cara a cara, ossos a ossos, um amor de devoção. Amar significa ficar quando cada célula nos manda fugir.”

É gente, amar é ficar quando se quer sair. Casamento é ficar quando se quer sair, é juntar os cacos e re-construir e re-criar uma ligação mais forte. É sair da facilidade de uma separação e encarar a morte para ressurgir num amor mais belo, mais forte, mais inabalável!

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 ps.: todos os trechos em itálico são trechos retirados do livro “Mulheres que correm com os lobos” da médica/psicanalista Clarissa Pinkola, o resto são os meus devaneios mesmo 🙂

Beijos de Amor

Fran

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